sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Encarnaçãããão do Demôôôneo

VOCÊÊÊÊÊÊ!!!!!!!!!!!!

Então. Aí...

Fim de semana passado, fui ver o Encarnação do Demônio, o filme novo do Zé do Caixão.
Nem gosto muito de escrever sobre filmes, mas não podia deixar de falar do filme do Zé - mesmo que quase uma semana depois. Porque eu sou fã pra caraleo do Zé D.C. :>

O filme tá ducaraleo, mas tem umas coisas que, mesmo sendo fã do cara, eu não consigo entender e preciso comentar.

Por exemplo. A neurose do Zé do Caixão é arrumar uma mulher "perfeita", pra gerar o filho "perfeito" e perpetuar assim o seu sangue, gerando uma nova geração de seres humanos "perfeitos", onde "os fracos não tem vez". Ou seja, o Zé é meio nazista, meio Nietchzniano. Até aí tudo bem, cada um com a sua ideologia.

A mulher "perfeita" do Zé do Caixão, além de ser gatcheeenha, tem que ser macha pra caralho. Não pode ter medo de nada. O Zé vai lá, arranca a bunda da mulher e dá pra ela comer a própria bunda (e olha que esse nem é um dos filmes pornô bizarros do Mojica), e ela não pode nem se abalar. Senão não serve. Ok. Muito justo.

Mas como é que ele pode exigir isso tudo das mulé se ele mesmo dá um ataque de pelanca quando umas míseras aranhinhas peçonhetas partem pra cima dele? Pô, ele deu maior vexame. Ficou lá gritando "AAAAHHH!!! ARANHASSS!! ARAAANHASSS!!!", igual a uma mocinha, gente. Cumé que pode. E logo ele, que diz que não acredita em nada, que com ele ninguém pode, que enfrenta o batalhão inteiro da polícia militar, se borrando todo só de ver umas assombraçõezinhas. Coisa que é muito engraçada, porque ele tá sempre dizendo que não acredita em nada daqulilo, mas sempre se fode e se borra todo com as alma penada.

Quer dizer, se algum filho do Zé do Caixão for perfeito, não vai ser graças aos genes do pai, que além de feio pra caralho é uma mo-ci-nha.

Outra coisa que eu não entendi foi o inferno do Zé do Caixão. Tem um determinado momento do filme em que ele vai parar no inferno, guiado pelo personagem do Zé Celso Martinez Correia (imagina só). Aí ele diz pro Zé: "Olha, Zé. O inferno existe". E mostra um monte de gente se arrastando no chão e comendo a carne um dos outros. Beleza.

No inferno do Zé Celso, tinha até gente costurando gente. Coisa realmente chocante. Se não fosse o fato de que o camarada que estava costurando a boca da menina (tudo real, gente, teve gente que se prestou a isso, mesmo!) estava fazendo isso com LUVAS CIRÚRGUCAS. Porra. Pra que diabos o cara no inferno vai usar luva cirúrgica?! "Não, aqui a gente tortura com toda assepsia". Olôco. Sem contar que o camarada tinha escrito na testa que era tatuador e piercineiro profissional, cheio de alargador nas zoreia, e tudo o mais. Quer dizer, será que o inferno é uma loja de tatuagem e piercing? E pensar que tem gente que paga pra ir pra lá.

Outra doideira foi as véias macumbeiras da história, no meio da macumba, dizendo a saudação de exu errado. Foi um tal de "araruê, exu!", "ararê, exu!", uma loucura. Se elas são macumbeiras, deviam saber fazer a macumba direiro, pô. Se eu fosse o exu, ia ficar puto e ia embora na hora. "Araruê é o caralho, minha senhora!!!".

Mas o que me deixou chateada com o filme é saber que o Zé do Caixão não existe de verdade. Porque pô, o cara é a solução pra todos os problemas do Rio de Janeiro, quiçá do país! A polícia morre de medo dele, os bandidos morrem de medo dele, a população morre de medo dele. Os policiais ficam umas mo-ci-nhas perto dele. Os caras entram em favela, trocam bala com traficante, o caramba, mas quando fala de Zé D.C., se borram todinhos! Ele sozinho botava geral pra correr! Cê vê. Ele precisa vir pro Rio. PRECISA.

Enfim. O filme tá realmente muito foda, e se não fossem esses pequeninos detalhes adoráveis e inexplicáveis, não seriam um filme do Zé do Caixão. Se alguém ler isso aqui antes do filme sair de cartaz, por favor, assistam. Senããão... A PRAGA DO DIAAA!!! (depois eu posto a praga do dia).

Té.

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