sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Palavras engraçadas

Então. Aí...

Eu tenho um problema seríssimo com palavras engraçadas. Ou pelo menos, com palavras que eu acho engraçadas. Ninguém mais acha.

Se você quiser me distruir, me arrasar, me fazer espirrar Coca-Cola peno nariz ou passar um constrangimento fela da puta, é só chegar perto de mim em um enterro, uma prova de concurso, um almoço na casa do namorado ou qualquer outra situação igualmente inapropriada e dizer assim, ao pé do ouvido, alguma dessas palavras mágicas.

Não sei porque eu acho graça nessas palavras, mas a simples menção delas me faz ter crises de riso absurdas, homéricas, intermináveis, incontroláveis, que me reduzem a uma pasta desforme risonha patética e acabam com todo o meu rebolado.

Sabendo disso, há sempre "amiguinhos" que se dispoem a esculhambar a minha vida.

Um belo dia, por exemplo, chego eu na faculdade pra assistir uma aula de português. Atrasada, lógico. Por isso, sento longe do meu grupinho habitual, bem no meio da sala, na frente do professor.

Tô lá concentradíííssima, ouvindo o cara falar da derivação do substantivo do nome do sujeito da figura do objeto, contando os dedos das mãos e pensando no vermicida do meu gato, quando de repente, do nada, o carinha de trás me cutuca.

- O Márcio mandou te passar.

Me dá um papelzinho dobrado. Abro o papel. No papel, lê-se com letras grandes:

PIVÔ.

Pronto. Fudeu. Crise de riso. Eu me debatia, me controcia, babava, tinha convulsões. Não conseguia parar de rir. A situação foi ficando incontrolável. O professor olhava pra minha cara, indignado. As pessoas se entreolhavam. Ninguém entendia nada.

Fico imaginando o que o professor pensaria se resolvesse pegar o bilhete pra saber do que tanto eu estava rindo. Ia ver lá: "pivô". Ia me encaminhar pro serviço de psicologia.

O pior foi uma vez que eu fui almoçar na casa de uma amiga. A mãe dela, muito simpática, vira pra mim depois do almoço e pergunta:

- Quer uma fruta de sobremesa? Olha, tem maçã, tem banana, tem PÊRA...

Fudeu. Me pegou totalmente desprevenida. Convulsões, babas, etc. A senhora ficou lá, me olhando. "Tudo bem com a sua amiga, Joana?". O pior é o pânico que vai dando de não conseguir controlar a situação. Não dá pra parar de rir, nem pra falar. Vou ficando mais nervosa, e a crise vai piorando. As mãos suam. As pernas tremem. O que eu vou dizer pra ela? "Desculpa, minha senhora, estou rindo porque eu acho PÊRA uma palavra engraçada". Ela com certeza ia proibir a filha dela de andar comigo, achando que eu sou totalmente desequilibrada. E com razão.

Lá no trabalho o pessoal já está acostumado ao meu desequilíbrio mental. Hoje a crise foi porque eu tentei me comunicar com uma colega (queridíssima) na baia à frente pelo msn. Mandei pra ela uma mensagem: Xuxu...
A que ela respondeu: Fala, COUVE.

Quase morri. Ainda bem que eles já sabem que não é pra contrariar, mesmo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Tatazita!

Ameeei, pode ter certeza que ganhou uma clienta!

Besos couve querida!